Epílogo

Carolina Gouveia

Tem uma vida que eu não vivi

que vivo esperando chegar,

esperando a hora de nascer

tanto que penso em me matar.

 

É tão certa que nao sei imaginá-la,

nunca certa de como vai ser.

De onde vai começar?

Como vou saber 

quando do sono eu acordar?

 

Morrer é mais certo, definitivo, pontual.

Acontece na hora certa, ou qualquer uma

que anseie outro final. Não tem volta,

não tem solução, não tem problema,

não tem perdão, mas tem a morte

e a paz que exorta, a certeza do fim que a vida agora.

 

A vida não nos segura nada, nenhuma 

garantia de uma vida prestigiada, só

a morte é avisada, uma benevolência assegurada.

 E eu sei que há uma vida a mim destinada .

Não essa - Mas a próxima poderia ser,

e se eu morrer talvez acorde

na vida que não soube sonhar em ter.

  • Autor: Carolina Gouveia (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 2 de novembro de 2025 01:46
  • Comentário do autor sobre o poema: Poema escrito em novembro de 2024, Lisboa-PT
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 4
  • Usuários favoritos deste poema: Arthur Santos
Comentários +

Comentários1

  • Arthur Santos

    Sim a morte é certa e a vida também. Curta ou longa é preciso vivê-la com amor e alegria.
    Belo poema Carolina.

    • Carolina Gouveia

      O importante é continuar caminhando 🙂

      Obrigada!
      beijinhos



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