Poderia me Conceder a Última Música?

Melancolia...

Poderia me conceder a última música?
Aquela que o vento sussurra quando a noite se despede,
onde cada nota é uma lembrança,
e cada pausa — um suspiro que não volta.

 

Não quero promessas,
nem finais grandiosos.
Apenas o som suave de um piano distante,
para embalar o que resta de mim
num abraço que o silêncio compreende.

 

Deixe que a melodia caminhe pelos meus medos,
como quem acende velas num quarto vazio,
como quem diz “fica”,
mas aceita o adeus nos olhos tristes.

 

Que as cordas vibrem devagar,
como se o tempo tivesse compaixão.
Que a voz — se vier — venha trêmula, humana,
sem querer ser perfeita,
apenas verdadeira.

 

E quando o último acorde se quebrar no ar,
que ele leve consigo o peso do que fomos,
e o brilho breve do que sonhamos ser e querer.

 

Então sim,
se ainda houver silêncio depois,
deixe que ele dance comigo um instante —
até o mundo esquecer o meu nome.

1 nov 2025 (11:49)

Comentários +

Comentários2

  • Antonio Olivio

    O mundo jamais esquecerá o teu nome
    Porque você é Melancolia
    Escrita na pedra de ouro
    Da poesia....

    • Melancolia...

      “Ecos da tua Melancolia”

      O mundo guarda o som do teu olhar,
      nas esquinas do tempo, tua alma ecoa.
      Teu nome é vento que sabe cantar,
      entre lágrimas suaves e maré que entoa.

      Melancolia — flor de brilho raro,
      nasceu da dor e virou beleza.
      Em cada verso, teu toque é claro,
      és ouro moldado em pureza.

      E se a poesia for tua morada,
      que o amor seja teu abrigo.
      Pois quem sente tão fundo a jornada,
      nunca caminha sozinho — leva o mundo contigo.

      ***Gratidão meu amigo...Segue uma inspiração sobre teu comentário...

      • Antonio Olivio

        Deste jeito voce me deixa chio de vaidade!!

        Soneto ficou ainda melhor que o soneto

      • Arthur Santos

        Magnífico poema Poeta Melancolia

        • Melancolia...

          Gratidão meu amigo...

          Abraços.;



        Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.