28 de outubro, Rio de Janeiro

Esther Porfírio



Nosso sangue cai em constante

Nossa vida para, irrelevante.

O um eu não sei, o dois talvez, o três, o quatro, o cinco, o seis

Todos nós de uma vez

Amanhã haverá mais três

E a criança pergunta: “O que serei?”

E para essa criança talvez não haja “talvez”

Talvez amanhã ela seja um dois, talvez um três, talvez um quatro, talvez um cinco, talvez um seis

Talvez se vão de uma vez.

 

O choro da mãe do um, eu confundi com a do três, a do quatro? A do cinco ou do seis?

Eu já não sei 

Mas para eles

O melhor é todos irem de uma vez

  • Autor: Porfírio (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 30 de outubro de 2025 20:09
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 9
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