Existem amores que não são feitos apenas de paz.
São feitos de lar.
De um lugar que não tem paredes,
mas tem um rosto onde a alma descansa.
Há pessoas que são como refúgios -
mesmo confusas, mesmo distantes,
elas carregam uma serenidade que acalma a tempestade dos outros.
São o tipo de presença que fala mesmo quando o corpo silencia.
E é nesse silêncio que a gente aprende o que é amar.
Ele é assim: meio isolado,
guardando dentro de si um universo que ninguém entende direito.
Mas é nesse mistério que mora o encanto.
Há uma paz mansa no jeito dele,
uma paciência que não se explica - apenas se sente.
Estar longe e, ainda assim, sentir-se perto,
é uma das dores mais belas que o amor pode ensinar.
Porque há laços que não precisam de toque,
basta o pensamento - e o coração já se reconhece.
Às vezes, dá vontade de ir atrás,
de seguir o rastro da calma que ele espalha pelo caminho,
de dizer que o amor não é sobre entender,
mas sobre permanecer, mesmo sem razão aparente.
E quando o mundo fica barulhento demais,
é nele que a alma volta a ser casa.
É nele que o amor, mesmo em silêncio,
fala alto.
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                        Autor:    
     
	Brunna Keila (Pseudónimo (
 Offline) - Publicado: 30 de outubro de 2025 09:34
 - Categoria: Amor
 - Visualizações: 5
 - Usuários favoritos deste poema: Arthur Santos, MAYK52
 

 Offline)
			
Comentários1
Belo poema estimada Brunna.
Gostei bastante da forma defines o amor.
Abraço.
Muito Obrigado. Tenho me inspirado muito nos exemplos que trouxe nosso grande Rubem Alves.
Abraços poéticos.
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