Chove sem parar

CORASSIS



Chove sem parar
No canteiro de obras do desperdício humano
Me viro, de qualquer jeito, em qualquer nação
Nem na pele sou perfeito
Na enigmática  introspecção
Todos os genes contidos, fiel modelo  
Primeiro a Eva e o seu grande amor vitalício
Tantas contas paradas
Tanta fome sem solução
Tem favela com mais censura
Morte, morte, morte... mais solidão 
Tem nobre que não abre seu portão.
Protetor do seu imposto
Abrem seus leques para amenizar o calor
Tem comida importada para pets
Vem a morte... 
Negra, branca, multicoloridas.
Não poderá condenar mais a Ku Klux Klan
Será?
Nem arianos juntos estarão idealizados?
Mandela e Biko jogarão no mesmo time!
Já Hitler estará procurando seu perdão
Meu filho, mantenha-se como ovelha
Neste covil ainda de lobos
Neste mundo cão
Vida sim, um pouquinho perto de mim
Mas só o amor é entre todos
Flecha certeira.

  • Autor: CORASSIS (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de outubro de 2025 18:02
  • Comentário do autor sobre o poema: Imagem de Mohamed Hassan por Pixabay
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 32
  • Usuários favoritos deste poema: Arthur Santos
Comentários +

Comentários2

  • Rosangela Rodrigues de Oliveira

    E nós no meio de tudo isso tentando sobreviver. Parabéns pelo texto poético. Boa tarde.

    • CORASSIS

      Obrigado pela ilustre visita e comentário ! Bom dia.
      Abraços .

    • Maria Ventania

      Você visitou canteiros escuros e claros da nossa civilização. Parabéns poeta!!! Dinâmica e corrosiva foi sua poética, gostei da intensidade. Beijos!!!

      • CORASSIS

        Gratidão pelo nobre comentário !
        Beijos no seu coração l.



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