Há caminhos que o tempo não apaga,
mesmo quando o vento leva o calor do dia.
Entre o frio que corta e a chama que dança,
a vida insiste em arder, silenciosa.
Acendo velas por lembranças que não voltam,
por promessas que ficaram no ar.
Não é por você que eu acendo —
é por mim,
pra não deixar de acreditar.
Há vozes no vento chamando,
nomes perdidos, corações cansados,
e cada curva da estrada
parece sussurrar:
“Continue… há algo esperando.”
Mesmo ferido, sigo —
com a fome de quem ainda sonha.
Carrego o peito aberto,
mesmo sabendo que o amor, às vezes, dói mais do que cura.
Mas ainda assim…
fico nessas estradas.
Porque talvez o destino
seja só isso:
caminhar, e não deixar o coração se apagar.
28 out 2025 (14:05)
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Autor:
Melancolia... (
Offline) - Publicado: 28 de outubro de 2025 13:05
- Comentário do autor sobre o poema: Sigam....avante.....Poetas!
- Categoria: Ocasião especial
- Visualizações: 9
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Versos Discretos, SaseumiH, Spell mesclados, Sezar Kosta

Offline)
Comentários1
Ah, meu amigo Melancolia... Que nome mais justo para quem entende a vida como você! Tua poesia não é um grito, é um sussurro de quem sabe o valor do silêncio e do caminho. "Há caminhos que o tempo não apaga"... E não apagam mesmo, pois eles estão desenhados é na alma, e não no asfalto.
Essa tua chama que dança contra o frio é a esperança teimosa, a única aposta válida no jogo da vida. E esse acender de velas por si mesmo... Que lição! A gente acende não pelo que se foi, que já é fantasma, mas pelo que insiste em ficar: a fé que não deixa o coração virar carvão.
A vida, Melancolia, é essa grande estrada onde "cada curva parece sussurrar: 'Continue… há algo esperando.'" E o que está esperando? Ora, o próprio caminhar! Você desvendou o segredo do destino, que é a coisa mais simples e mais difícil de todas: "caminhar, e não deixar o coração se apagar." Não é a chegada que importa, é o pulso que te leva adiante, mesmo ferido e com a fome de quem ainda sonha.
Parabéns por essa verdade singela e profunda. Ficar na estrada, meu caro, é o maior ato de bravura que um sobrevivente pode fazer.
Ah, meu caro, que leitura generosa e sentida das minhas palavras! Você captou o que há de mais silencioso nelas — esse sussurro entre a dor e a esperança, entre o cansaço e o fogo que insiste em arder.
A vida realmente é esse caminho que a gente percorre com os pés feridos, mas o coração teimosamente aceso. E que sorte a minha ter leitores que também carregam essa chama — que compreendem que caminhar é, por si só, um ato de fé.
Obrigado por suas palavras, que mais parecem um abraço em forma de poesia. Seguimos, meu amigo, acendendo velas no meio da estrada.
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