Há caminhos que o tempo não apaga,
mesmo quando o vento leva o calor do dia.
Entre o frio que corta e a chama que dança,
a vida insiste em arder, silenciosa.
Acendo velas por lembranças que não voltam,
por promessas que ficaram no ar.
Não é por você que eu acendo —
é por mim,
pra não deixar de acreditar.
Há vozes no vento chamando,
nomes perdidos, corações cansados,
e cada curva da estrada
parece sussurrar:
“Continue… há algo esperando.”
Mesmo ferido, sigo —
com a fome de quem ainda sonha.
Carrego o peito aberto,
mesmo sabendo que o amor, às vezes, dói mais do que cura.
Mas ainda assim…
fico nessas estradas.
Porque talvez o destino
seja só isso:
caminhar, e não deixar o coração se apagar.
28 out 2025 (14:05)