Na minha boca, não há língua
Que me permita saborear o risoto caprese
Enrolando-o num lençol, prendendo-o num mata-leão
Eu balbucio quando falo
Saliva esguicha pelas glândulas
Sou um monge moderno
Cortaram a minha língua
As comidas estão sempre à mostra
Até os peixes comem o arroz que atiram nos lagos
Eu olho e como pelos olhos
Existe vazio maior
Que o anseio por ser devorado?
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Autor:
Lola_a_Paloma (
Offline) - Publicado: 26 de outubro de 2025 11:34
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: Arthur Santos

Offline)
Comentários1
Poema interessante que classifico de surrealista.
Muito bom!
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