Filme (Re-Imaginado)

Um Dramaturgo Enrustido

Já pairou em sua cabeça tal pensamento: “a vida é um filme”

Sensação de ser o coadjuvante cujo papel é simples

Repetir o mesmo dia-dia sem sentir-se livre

Enquanto o roteiro segue conforme conseguires

 

Já pairou em sua cabeça a pergunta: “Quem será o protagonista?”

Quem se destacou e eternizado em fama foi vem na mente

Mas não parece um tanto... Sensacionalista?

Claro, às vezes, pode-se parecer pela maneira que se sente

 

Quando não há tempo na tela, é difícil perceber

Mas cada situação molda que tipo de coadjuvante é você

Cada encontro e palavra trocada definem seu ser

Todo segundo é distinto e preciso, lhe confere um porquê

 

O assobiar dos ventos compõe a trilha sonora

Mas somente seus ouvidos dão asas a melodia

Para que um papel grandioso? A todo um mundo afora

Por ser quem você, você é quem mais sente a magia

 

Algo trivial como andar um pé em cada degrau torna-se especial

Você é o único que expressa seu personagem único como é

Coisas como importâncias de papeis tornam tudo tão artificial

Esboce seu “eu” a toda cena, no fim se mime com um copo de café 

 

A Vida é um filme, já deve ter pensado sobre em algum momento

O Roteiro vai formando-se em cima do dia-dia trivial

Mas isso não lhe impede seus improvisos, é um complemento

Na trivialidade habita o potencial, é onde jaz o seu eu real

  • Autor: O Dramaturgo Enrustido (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 23 de outubro de 2025 20:07
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 2


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