Já pairou em sua cabeça tal pensamento: “a vida é um filme”
Sensação de ser o coadjuvante cujo papel é simples
Repetir o mesmo dia-dia sem sentir-se livre
Enquanto o roteiro segue conforme conseguires
Já pairou em sua cabeça a pergunta: “Quem será o protagonista?”
Quem se destacou e eternizado em fama foi vem na mente
Mas não parece um tanto... Sensacionalista?
Claro, às vezes, pode-se parecer pela maneira que se sente
Quando não há tempo na tela, é difícil perceber
Mas cada situação molda que tipo de coadjuvante é você
Cada encontro e palavra trocada definem seu ser
Todo segundo é distinto e preciso, lhe confere um porquê
O assobiar dos ventos compõe a trilha sonora
Mas somente seus ouvidos dão asas a melodia
Para que um papel grandioso? A todo um mundo afora
Por ser quem você, você é quem mais sente a magia
Algo trivial como andar um pé em cada degrau torna-se especial
Você é o único que expressa seu personagem único como é
Coisas como importâncias de papeis tornam tudo tão artificial
Esboce seu “eu” a toda cena, no fim se mime com um copo de café
A Vida é um filme, já deve ter pensado sobre em algum momento
O Roteiro vai formando-se em cima do dia-dia trivial
Mas isso não lhe impede seus improvisos, é um complemento
Na trivialidade habita o potencial, é onde jaz o seu eu real