Sapo silencioso.

Roberto

No brejo dorme o sapo mudo,
guarda o segredo, o som miúdo.
Lua testemunha, vento vigia,
começa o ponto, nasce a magia.

Linha vermelha na mão
fio do tempo, laço e prisão.
Chamo o nome, traço o destino,
falo baixinho, verbo divino.

Fica contido quem me feriu,
tudo o que disse já se extinguiu.
Na boca do sapo repousa o som,
silêncio sagrado, justiça e tom.

Cada costura, um nó de poder,
cada palavra, um renascer.
Não peço mal, peço sossego,
que a língua falsa perca o apego.

Sapo do brejo, guardião da calma,
fecha o nome, protege minha alma.
Que o dito cesse, que o mal se vá
pelo brejo, pela lua, assim será.

  • Autor: Roberto (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de outubro de 2025 21:55
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 7
Comentários +

Comentários1

  • Sergio Neves

    SERGIO NEVES - ...rapaz,...tu és mesmo muito bom nesse "troço" de poetar! ...um escrito "do caramba" esse teu...,...gostei! ...muito! /// Abçs.



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