Ó vida que os luares acalenta,
Quem já vai perdido e sem prazeres,
Como a doce ária de uma flauta lenta,
Que nuanças para a alma vem trazeres.
Longe daqui, bem longe, sonolenta
A saudade com véu d'entardeceres,
Seguindo numa estrada poeirenta,
Sem lírios e lilases pra colheres.
E na noite fria como uma gruta,
Um mocho que distante vai cantando,
E minh'alma de melancolia enluta...
Ai, um mocho seguindo a voejar,
Sob o alvor das brumas que vão andando
Aclareadas pelo brilho do luar.
Thiago Rodrigues
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Autor:
Thiago R (
Offline)
- Publicado: 21 de outubro de 2025 19:49
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 3
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