Sol em ponta de pé visita meu quintal
Pés molhados em terra, chora alecrim
Meu soluçar arranca folhas de jasmim
Já pendurei cada saudade no varal.
Tanto clarão em tom de canela
As palavras que me causam refúgio
Quebraram os ponteiros do relógio
E teus olhos não estão na janela.
O que me causa frio? Essa dor.
Perdi as horas e cravos do amor.
Sou, talvez, flor poética nascendo.
Talvez eu roube um beijo de hortelã.
Talvez o sol faça visita amanhã.
O meu corpo toma chá de poesia.
- Autor: Kermerson Dias (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 28 de agosto de 2020 16:11
- Categoria: Amor
- Visualizações: 60
- Usuários favoritos deste poema: Luiz Rossini
Comentários2
Que lindo!
Que bom que a insônia me trouxe aqui.
Eu não reclamo das madrugadas insones. Elas me servem para buscar e encontrar poesias como esta. Amei.
Meu abraço
Muito obrigado Edla!!!! Abraços
Como é delicioso amanhecer tomando esse chá de boa poesia. Realmente, um charme esse soneto!
Me cativou!
Sucesso pra vc, poeta!
Muito obrigado meu caro! Sucesso a todos nós.
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