há tempos, penso em você
olho para o nada — e o nada me vê
Em mim, fixam-se os olhos do abismo
atraído à escuridão, sem eco no ouvido
como, daqui, ei de sair?
se cada pensamento me faz cair
assusta-me o silêncio e a solidão,
espessa neblina a envolver meu coração.
anseia o peito livrar-se desta sensação
como apagar memórias tão vívidas?
crava-se em minh’alma o punhal da ilusão
sangro num mar de historias cativas
Estirado ao chão em meio a escória
O olhar ausenta vida e direção
Num frágil vislumbre, agarro sua mão
traz-me, de novo, a alegria notória
Para que possa eu findar tal alegoria
retomando minha antiga e terna euforia
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Autor:
PoetaPerdido (
Offline)
- Publicado: 10 de outubro de 2025 23:25
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 10
- Usuários favoritos deste poema: Fabricio Zigante
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