Sonho traidor não apoia destruir o amor
Pois mesmo em náusea, o vício teme o belo, luas
Tanto quanto o meu pranto hidrata nossas rugas
A dor veste-se em seda, em vinho quão penhor
E o barroco levitai ao céu, clama o tailor
Costurai o vosso abismo com as rendas quase nuas
Alfaiataria, para a lúgubre pele autua
Na passarela à cama, o luto é pecador
A alma se curva ao espelho com todo o rancor
E beija o rosto oculto nas máscaras cruas
Perfume é veneno, é arte, é Icor
No corte exato, a carne é que se faz virtude
Doai esse sangue olímpico ao enfermo tumor
Que o amor, reparado, sangrará em plenitude
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Autor:
Breno Pitol Trager (
Offline)
- Publicado: 10 de outubro de 2025 08:55
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 9
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