Se você escolheu viver a vida tal qual sua dinastia
Com pompa, rito e máscara de rei sendo tão servo camponês
Você não segue regras, mesmo a tão derradeira que nega as leis
Lava à taça, os dentes que fada não busca, ou leite derramaria
Para o lavatório, a boca que se limpa com visão boemia
Riso de absinto, espuma e o hálito do Jamel que subtrai amor ao medo
Carcarejo com conhaque, beber lágrimas que eu esqueço, e desejo
É rito antigo, é dor que dança ebulindo, é riso em melancolia
Na corte oculta, o tempo se veste para um baile, com fantasia
E cada gesto é ouro de um Midas, é farsa, são labaredas
Mas sob o véu, há pranto que alastra água, com sede que arrepia
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O trono é frio, e a alma, feita de trocados, centenas, moedas
Quer ser plebeia, livre, nua, não agra jardins suspensos, heresia
Para alçar o alado castelo, em manhãs que flor, e dor, me tutela
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Autor:
Breno Pitol Trager (
Offline)
- Publicado: 9 de outubro de 2025 09:12
- Comentário do autor sobre o poema: Sim é um soneto bárbaro de 18 sílabas poéticas.
- Categoria: Natureza
- Visualizações: 5
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