Sou amar demais, eu sei.
Em meu cerne, o pulsar é forte,
uma maré que não conhece a margem.
Amar sem metades, por inteiro e sem acessos,
é a natureza do meu ser.
Mas a dor tem a mesma medida:
Meu amor é tão intenso quanto meu medo.
E não te ter, amado, dói demais.
Por isso, o gesto final: a libertação.
Liberto este amor que me inunda.
Liberto esta dor que o acompanha.
Liberto o peso de não te reter
para não carregar-te com minha angústia.
Vou só. Mas deixo a porta aberta
ao que nos guia.
Se o Universo assim quiser,
se o fio for forte o bastante,
nossos destinos ainda serão um só.
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Autor:
Bruna Davylla (
Offline)
- Publicado: 9 de outubro de 2025 06:17
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 37
- Usuários favoritos deste poema: JT., SaseumiH, Melancolia...
Comentários2
Adorei ler o vosso poema.
Bravos poetisa.
Prazer.
JT
Lindoooooo.
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