MONOTONIA (soneto)

... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol



Ó, cessai, que esse poetar angustia

Acorda a minha quietude, importuna

E, amplo com a saudade trás lacuna

Não dando os encantos que eu queria

 

É o desconforto que inspira a poesia

Vai-se com a solidão tão importuna

Cria ilusão, com o engano coaduna

Em versos num prosar sem sintonia

 

Encantos, desencantos, extravio

Cânticos tão cheio de monotonia

Que tedio amargo o sonho prova!

 

Ver sempre um poetar sem arrepio

Ou piedoso, choroso, triste agonia!

Ó, quem me dera uma paixão nova!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

20 setembro, 2025 – 14’02’ – Araguari, MG

 

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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol - poeta do cerrado



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