Ó, cessai, que esse poetar angustia
Acorda a minha quietude, importuna
E, amplo com a saudade trás lacuna
Não dando os encantos que eu queria
É o desconforto que inspira a poesia
Vai-se com a solidão tão importuna
Cria ilusão, com o engano coaduna
Em versos num prosar sem sintonia
Encantos, desencantos, extravio
Cânticos tão cheio de monotonia
Que tedio amargo o sonho prova!
Ver sempre um poetar sem arrepio
Ou piedoso, choroso, triste agonia!
Ó, quem me dera uma paixão nova!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 setembro, 2025 – 14’02’ – Araguari, MG
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