Corrosão

gratus

A pena corrói o papel,

o papel se deteriora,

em ácido,

 

Quanto mais escrevo,

mais estrago.

 

O ácido que sai das

minhas veias,

entra na pena,

lança um pesar,

 

No papel, no mundo.

 

Cada segundo que passa,

a corrosão se espalha,

 

Tic-tac, tic-tac.

 

O seu tempo tá acabando,

se desespere, angustie,

grite.

 

Faça o que quiser,

a dor é absoluta,

e o absoluto,

corrói.

  • Autor: gratus (Offline Offline)
  • Publicado: 20 de setembro de 2025 13:11
  • Categoria: Conto
  • Visualizações: 9
  • Usuários favoritos deste poema: Aira Lirien


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