Ah, como gentilmente eu queria estar,
Agora e sempre como seu arcanjo protetor!
E em seus braços, sem pressa alguma,
De partir para ir a lugares que não desejo,
Somente para poder ficar a contemplar-te,
E em pequenas dosagens, o adormecer da noite sua,
Ouvir-te minha alma gritando desesperadamente,
A ti, quando ao despertares ao raiar do dia,
Tenha a certeza de que nada fora apenas sonho.
Com amor delibero, que já não sou o mesmo,
Quando de fato, ecoas-te em mim como ventania,
Que não cessa, nem no meu refúgio mais santo.
Pois tudo é um labirinto de delírios e um sol da meia-noite,
Onde o eu lírico oblíquo, quando o enigmático olhar que tens,
Disparou na minha direção, a luz do amanhecer que quero.
Como seria inexplicável ser eternizado,
Na paixão e ternura de si mesma,
No qual, o meu corpo encontra o seu corpo,
E em cada beijo eu tenha meu renascimento.
Sim, sou estilhaços imprecisos,
Dado a ausência que deixas,
Quando dou-te meu coração,
Totalmente vulnerável de anseio.
Enquanto ser ainda mortal,
Preciso fazer-te de imortal,
Nos poemas, nas cartas e nos vinhos,
Para misturar-me aos seus segredos.
Se ainda for tempo e tudo isso,
For aplicável demais por destino,
Confesso minha vontade insana,
Ao revelar-te as marcas de meu pecado,
Mesmo em espírito, mesmo encarnado,
Na imperfeição que não seria a sua, fiz-me ser.
Poema n.3.243/ n.114 de 2025.
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Autor:
RICARDO OLIVEIRA (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 19 de setembro de 2025 11:53
- Comentário do autor sobre o poema: O Programa Tempo de Poetizar no meu canal no YouTube, declama um poema meu todo domingo. Só é possível ver o vídeo a partir das 06h de domingo.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 2
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