e se fôssemos apenas sombra
com olhos de ver cores noutra sombra,
multidão de sombras que se encosta
como cortina infinitamente doce
que abre o ato dos beijos em paz --
paz que sacia a alma ao correr na sombra
e se corrêssemos como os rios,
dissolvendo margens na corrente?
e se voássemos como voam os dias,
céleres, sem portos de saída ou chegada?
e se, no fundo, nem houvesse chegada,
mas apenas um sonho a se desdobrar?
e se, de repente, o sonho não findasse
e a gente jamais despertasse?
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 18/09/25 –
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Autor:
Antonio Luiz (
Offline)
- Publicado: 18 de setembro de 2025 15:32
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 1
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