Companhia

Anna Gonçalves

Já não temo a solidão,

chegou a compreensão,

a mais bela canção

veio da minha mão.

 

Nesta longa caminhada,

às vezes penosa estrada,

encontrei uma risonha morada

dentro da minha jornada.

 

Eu me dei as mãos,

curando todos os danos.

nos meus próprios enganos,

busquei meus anos.

 

Abracei a minha menina,

a que carregava dor fina.

A quebra da disciplina

foi a minha doutrina.

 

Fiz uma conexão,

virou minha missão

trazer à tona a expressão

sem nenhuma condição.

 

Não deixei ela escondida,

na escuridão, da vida.

Agora, renovada, guarida,

ela se sente acolhida e querida.

 

E daqui para a frente,

com amor permanente,

seguirei firmemente,

serena e ainda corajosamente.

 

Darei as mãos, com cuidado,

a cada eu do passado.

Por um futuro afinado,

por meu ser, tão amado.

  • Autor: Anna Gonçalves (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 18 de setembro de 2025 00:54
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 10
  • Usuários favoritos deste poema: Versos Discretos
Comentários +

Comentários1

  • Versos Discretos

    Esse poema é um belo e profundo retrato de autoaceitação e amor-próprio. Ele expressa uma jornada de cura e reencontro consigo mesma, transformando a solidão em um espaço de acolhimento. A clareza e a sinceridade das palavras tornam a mensagem ainda mais poderosa e inspiradora.

    • Anna Gonçalves

      Muito obrigada, espero que tenha servido de inspiração.



    Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.