Sou o milagre
Do nascimento
Na barriga Da vida
Vim de lugar distante
De uma estrela brilhante
Estou eternamente
Crescendo
Sou o Deus de mim
Meu corpo é templo
É um mundo inteiro
Acontecendo de dentro
Carne, veias e cérebro
Cada coisa em seu lugar
Aprendendo uma função
Minha igreja ora em silêncio
A me pedir proteção
Meu sangue , minha pele
Meus braços e pernas
Meus órgãos internos
Coração e pulmão
Pulsam em oração
Eu os sinto, existindo
Ouço suas súplicas
Sou a plenitude deles
Eles estão em mim
E quando ando
Ando por meu deles
Quando falo
Falo por meio deles
Quando choro
Choro por meio deles
Quando sorrio
Sorrio por meio deles
Estou em meu corpo
Em comunhão
Todo o tempo
E cuido para que ele
Esteja sempre disposto
O alimento e lhe dou Alívio
É meu dever servi-lo
A cada instante
Estou nele e ele está em mim
Somos um em um trilhão
Quando durmo ele me guarda
Da peste perniciosa
Eu o salvo e ele me salva
Saio com ele pelo mundo
A lhe ensinar sobre tudo
Flores, águas, montes , bosques
Deuses outros
Que convivem conosco
Apresento-lhe
Deuses humanos
Peço licença para tocar
Em suas mãos
Ou para mergulhar em seus corpos também
Que graça boa
Poder entregar o meu reino
A outro reino terreno
Para juntos sermos
Deuses distintos
Em reinos de Iguais
As vezes me desespero
Tanta responsabilidade
Ter um mundo meu
Para cuidar
Passo a mão na minha pele
A abençoar meus filhinhos
Imagino cantigas de amor
Para embalar os seu sonhos
E digo que estarei sempre aqui
E meu corpo agradece feliz
Me oferecendo de volta
A vida que dou a ele.
E tudo fica em paz
Aí,rezo junto com ele
Para outro Deus
Que deve estar
Dentro de nós
Antonio Olívio
-
Autor:
Antonio Olivio (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 14 de setembro de 2025 10:57
- Comentário do autor sobre o poema: Uma reflexão sobre este nosso corpo humano que muitas vezes não damos o cuidado necessario para que ele possa plenitude Somos um só e por isto acredito que devemos ter uma relação de absoluta consciência um do outro
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.