Concepção

Celia Regina de Lima



 

Amor ardente,

sutil razão de viver.

O fogo me banha o ventre,

linda forma de morrer.

 

No linho dos lençóis

desatino

longa língua desliza envolvente

em meu corpo semente

dobra as esquinas

traquinas

e sorve a seiva candente.

 

No leito

o leite

alvo líquido potente

se espalha pelas frestas

do meu ninho

e ali me alinho com o universo

frente e verso.

 

Estrelas me escalam

ondas me embalam

no árduo processo

de me gerar novamente.

  • Autor: Celia Lima (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 3 de setembro de 2025 15:39
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 2
Comentários +

Comentários1

  • Shmuel

    Muito bom! Gostei das palavras que usou. Bem colocadas no poema.

    Abraços !



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