Rejeito a mim a minha carne
Do meu nome já não desfruto mais
Galopo com destino a uma lápide conjecturada
Quem optaria por tal futuro lastimado?
De que me vale sentir o corte dos ventos em minha fria pele
Se obsidio por um cadáver que a mim não pertence?
Aquele que antes conhecia já não se encontra mais neste
Sequer sei o que encontro agora, se é que um dia já encontrei algo
Dizem que jamais ouvirei o cantarolar dos anjos
Tantas almas podres um dia serão lavadas por bençãos douradas
Pois prefiro que o fogo me faça arder como quem sou
Do que viver os luxos dos deuses ao encenar o papel de meu destino
Charles Varotto Arruda
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Autor:
Charles Varotto (
Offline)
- Publicado: 31 de agosto de 2025 18:47
- Comentário do autor sobre o poema: Um poema sobre transgeneridade
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 12
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