A imundícia que me sujou,
Impregnada em mim ficou.
Derrubou minhas barreiras
E da inocência se deleitou.
Marcada fiquei;
Com tais cicatrizes vagarei.
A cada dia repito a lembrança
De que a força vem da perseverança.
Mas como se diz isso a uma criança?
Dançar essa dança não é fácil;
Todo amanhecer sinto o peso desse fardo.
Aquela lua brilhante,
Com seu brilho encantador,
Me salvou do tirano
E de seu ato desumano.
Persistente é a dor:
Uma marca no coração ele pregou.
E não: o tempo não curou.
O luar foi o único a presenciar
Tal perversidade,
Cometida contra quem mal tinha idade.
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Autor:
Paola (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 28 de agosto de 2025 18:12
- Comentário do autor sobre o poema: É pesado, mas ainda assim é algo do qual preciso encarar, senão nunca vou conseguir me libertar. De cicatrizes do luar eu vou chamar, esse poema que a sua origem, muitas lágrimas me fez derramar.
- Categoria: Triste
- Visualizações: 8
Comentários1
A partir do momento em que a dor é verbalizada, dá início à libertação. Não pare de escrever.
Muito obrigada.
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