A noite abre suas cortinas
e me recebe como um velho amigo.
Ela não questiona meus medos,
não exige explicações para minhas feridas.
Enquanto o mundo dorme,
eu caminho entre pensamentos que não ouso contar a ninguém.
A lua me observa de longe,
fazendo de cada sombra um testemunho.
É na noite que as lágrimas
escorrem sem plateia,
é na noite que a saudade
senta-se à beira da cama
e me conta histórias de quem já partiu.
E eu falo, baixo,
como quem conversa com fantasmas.
E só a noite me responde,
cúmplice silenciosa
dos segredos que guardo em segredo.
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Autor:
M.V 🥀 (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 28 de agosto de 2025 10:35
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 33
- Usuários favoritos deste poema: Fabricio Zigante, Edla Marinho, Aira Lirien
Comentários2
A noite como confidente e fiel inspiradora para lindos poemas, amei!
Meu abraço!
Que poema lindo! A noite aqui ganha alma, tornando-se confidente das dores e memórias — profundo e delicado ao mesmo tempo.
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