Entre vidas distantes,
assisto à guerra entre irmãos.
O futuro arrastado
por eternos canhões.
O agora já se foi.
A morte, um alívio.
Um lobo em pele de cordeiro
se mostra, meu amigo,
diante da multidão.
Crianças choram,
gritam por amor,
imploram perdão.
O ensino traz lágrimas.
A morte, um sorriso.
Convergências insanas…
Para mim, um alívio.
Um inimigo? Jamais.
Apenas um terrível amigo,
formado em descrença,
rotulado bandido.
A impaciência alimenta
minha mente infantil.
Vejo a decadência
de um passado sombrio.
No fim do túnel,
a inocência da morte.
Quer entender o mundo,
ou essa utopia?
Reaja ao encanto
dessa incrível terapia.
Do mundo fiz moradia.
Por onde passei,
realizei harmonias.
Estou fadado a isso,
pois só existo por isso.
Dentro de mim,
uma rebelião,
uma guerra.
Não quero entender.
Só quero ajuda.
Um desabafo? Não.
Apenas um ponto de vista
de um mundo caótico
e perfeccionista.
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Autor:
Lucas Santos (
Online)
- Publicado: 28 de agosto de 2025 09:32
- Comentário do autor sobre o poema: Crítica social\r\nO poema denuncia a violência, a decadência moral e a indiferença coletiva: crianças imploram por amor, mas encontram dor; o ensino gera lágrimas, a sociedade rotula quem não se encaixa como “bandido”.\r\n\r\nDimensão existencial\r\nO eu-lírico revela um peso íntimo: uma mente confusa, que não quer entender, mas pede ajuda. Isso sugere sofrimento psicológico, mas também consciência crítica.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 5
Comentários1
É uma verdade, o mundo está incrivelmente doente.
Amei os versos, embora abordem um tema triste.
Meu abraço!
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