Olhos fronteirados, Azul Safira

F.C.

Talvez —
mas só talvez —
aquela criança, filha do pai,
de olhos grandes, azuis,
bem fronteirados
entre pupila, íris e espaço,
seja todo o respeito,
todo o amor que ainda te devo.

Deixar ir.
Deixar ser.

Mime-a, castanho,
mime-a.

Corteje, inalteça
aquele azul safira:
teu precioso,
sonho mais profundo,
ninar que toca a alma
em puro singelo.

E assim — talvez,
mas só talvez —
eu cobice um pedaço da mordida
na árvore do teu paraíso.

  • Autor: F.C. (Offline Offline)
  • Publicado: 27 de agosto de 2025 13:32
  • Categoria: Espiritual
  • Visualizações: 5


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