já que esqueceu meu nome
esqueça tudo o que fui pra você.
teu rosto já não me lembra nada.
te fiz no imaginário —
mas não sozinha
teu jeito instável me levou a acreditar.
um dia muitez no outro escassez
tua graça se desfez com o tempo.
teu sorriso já não acende nada,
tuas horas não são mais minhas —
na verdade nunca foram nem suas.
corrompida por esse instinto de mais,
tudo em ti se desfaz com o tempo.
as horas se tornam banais,
iguais demais pra seguir no mesmo lugar.
talvez precise se curar
desse vazio que te encara noite e dia,
dessa vontade de saltar a vida,
desse ser intoxicado por verdades partidas.
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Autor:
Maria Ingrid (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 27 de agosto de 2025 11:57
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 21
- Usuários favoritos deste poema: Versos Discretos
Comentários1
Que escrita intensa e verdadeira.
A forma como você traduz a dor da memória e do esquecimento em versos é de uma sinceridade que toca fundo. Lindo e forte ao mesmo tempo.
Obrigada, meu bem! 🙂
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