já que esqueceu meu nome
esqueça tudo o que fui pra você.
teu rosto já não me lembra nada.
te fiz no imaginário —
mas não sozinha
teu jeito instável me levou a acreditar.
um dia muitez no outro escassez
tua graça se desfez com o tempo.
teu sorriso já não acende nada,
tuas horas não são mais minhas —
na verdade nunca foram nem suas.
corrompida por esse instinto de mais,
tudo em ti se desfaz com o tempo.
as horas se tornam banais,
iguais demais pra seguir no mesmo lugar.
talvez precise se curar
desse vazio que te encara noite e dia,
dessa vontade de saltar a vida,
desse ser intoxicado por verdades partidas.