Minha alma era rio, correndo sereno,
um cântico suave nas margens do eterno.
Mas de repente ergueram um muro de pedra,
um bloqueio imposto sem aviso, sem regra.
Minhas mãos tornaram-se pássaros presos,
asas cortadas em gaiola de ferro.
O ar, que antes trazia consolo,
virou fumaça, pesada, densa — sufoco.
O fogo da ira arde em silêncio,
um vulcão contido, mas pronto a romper.
Quiseram calar o sussurro divino,
mas em meu peito Ele insiste em viver.
Interromperam meu hino com correntes frias,
mas não há chave que feche o infinito.
Ainda que o mundo me roube a calma,
Deus é o sopro que reacende minha alma.
Comentários1
Parabéns pelo seu talento !!!
Escreve com sentimento.
Abraço poetisa.
Obrigada!
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