Amanhã
Amanhã pra mim são quinze,
Mas como saber do amanhã?
Ninguém alcança lá na frente.
Só tocamos o passado que já nos tocou.
Amanhã não sei se aqui vou estar
Para sonhar e sorrir.
Existir, talvez só amanhã.
Mas, e se o amanhã não vier?
Roupa suja, deixo pra depois,
Casa empoeirada, deixo pra depois,
Discussões, também.
Tudo para o amanhã, como se ele fosse eterno
Mas, se ele não vier?
Parando para pensar...
Como o amanhã será?
Será que vale apena sempre mandar tudo para longe?
Ou resolver daqui, enquanto ainda estamos aqui?
Hoje, Hoje , Hoje...
Cadê o hoje? Escorre pelos meus dedos,
Enquanto meus olhos ficam presos no calendário.
Por que guardamos a vida, em uma gaveta chamada amanhã?
Se não tiver, quem seremos nós?
O que faremos?
Para onde iremos?
Como será o amanhã?
Amanhã são dezesseis,
Mas só no calendário de quem acordar outra vez.
Quem não vai estar, o amanhã não existirá.
No fim,
quem fica e quem não ficou,
descobre tarde de mais,
que o amanhã é só uma promessa,
que ninguém pode cumprir...
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Autor:
Felippe Santos (
Offline)
- Publicado: 25 de agosto de 2025 10:28
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
Comentários1
Felipe por enquanto "não se preocupe com o amanhã. Ele chega rápido demais".
Teu poema ficou top!
Abraços,
Obrigado pelo retorno!!
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