A morte que a vida leva.

melly



Vida, minha vida.

Eu vivo minha vida.

Sou feita de nada.

Vivo para morrer.

Por que?

No crepúsculo me questiono.

Questiono minha existência:

duvidosa, clandestina.

Sou feita de pó.

Em pensamentos desfarelo.

Odeio a vida, abomino a morte.

Questiono a morte, almejo a morte.

Idealizo a morte.

Por que?

Eu caminho para minha morte.

Constantemente morrendo lentamente.

E para quê?

Qual meu propósito nessa vida? 

Nesse universo infinito, sou finita.

Tenho sonhos, recuso ambições.

Porque a vida me mata.

Me mata.

Vida, minha vida. 

Eu vivo o que me mata.

  • Autor: melly (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 24 de agosto de 2025 02:54
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 6
Comentários +

Comentários1

  • Rosangela Rodrigues de Oliveira

    Parabéns poetisa pelo poema. Creio que a vida seja de aprendizagem e ensinamentos, a morte é apenas a continuidade desta vida que se for da vontade divina voltamos pra ensinar e aprender. Bom dia poetisa.



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