melly

A morte que a vida leva.

Vida, minha vida.

Eu vivo minha vida.

Sou feita de nada.

Vivo para morrer.

Por que?

No crepúsculo me questiono.

Questiono minha existência:

duvidosa, clandestina.

Sou feita de pó.

Em pensamentos desfarelo.

Odeio a vida, abomino a morte.

Questiono a morte, almejo a morte.

Idealizo a morte.

Por que?

Eu caminho para minha morte.

Constantemente morrendo lentamente.

E para quê?

Qual meu propósito nessa vida? 

Nesse universo infinito, sou finita.

Tenho sonhos, recuso ambições.

Porque a vida me mata.

Me mata.

Vida, minha vida. 

Eu vivo o que me mata.