DISTIMIA

Edla Marinho



DISTIMIA 

Não ter forças para se levantar
Céu escuro em todo amanhecer
Em tudo ver motivo pra chorar
Torna-se costumeiro o sofrer

Como se fosse sempre tempestade
Não vê do sol, os raios jamais
Não sabe o gosto da felicidade
Sempre à deriva, nenhum cais

Colhendo da alma seu pranto
Sorvendo o gosto dessa nascente
Sal que tempera o triste canto
Sem decifrar, ao certo, o que sente

Não vê no jardim nenhuma flor
Tentando expressar em poesias
Um vazio, inexplicável dor
Não sabe, mas isto é distimia

 

Edla Marinho 
16/10/2016

  • Autor: Edla Marinho (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 19 de agosto de 2025 13:28
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 15
  • Usuários favoritos deste poema: Fabricio Zigante, JT.
Comentários +

Comentários1

  • MAYK52

    Olá, amiga Edla!
    Assim é. Quando o marasmo e a falta de vontade se apodera de nós, para enfrentarmos a realidade da vida, é um problema sério de facto.
    Gostei deste excelente poema para se refletir em alguns comportamentos.

    Beijinhos e feliz dia!

    • Edla Marinho

      Boa tarde, amigo poeta!
      É muito mais comum do que se pensa ou se sabe.
      Esse marasmo que deixa a pessoa sem ação, muitas vezes interpretado como preguiça é uma dor invisível aos outros olhos.
      Escrevi esse num dia em que me achava melancólica e imaginei: Se eu que não tenho depressão estou assim, sem coragem, como não será com as pessoas que sofrem desse mal?
      Obrigada por ter dedicado um tempinho para ler meus versinhos.
      Felizes dias pra você, meu amigo.
      Obrigada por estar por aqui em minha escrivaninha, meu abraço!



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