Na mocidade, eu amei correndo,
como quem teme a perda.
agora amo em silêncio...
como quem entende a eternidade.
O tempo passou, e me deixou vazia de palavras,
mas cheia de histórias.
O que foi desejo, agora é gratidão...
o que foi silêncio, agora é palavra.
Havia poesia nos meus silêncios, versos não escritos,
noites desperdiçadas...
Agora, a caneta se ergue, tardia, mas cada palavra é um eco do que fui...
cada rima, uma memória libertada.
Não procuro os fantasmas de ontem...
nem lamento as perdas que me moldaram,
não é saudade nem lembrança...
é algo maior, silencioso e real.
O que sinto hoje é amor pela vida...
amor pelas mãos que me seguram...
pelos olhos que me enxergam...
pelo instante que pulsa entre meu peito, e o mundo que ainda me espera.
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Autor:
Simone Carvalho (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 16 de agosto de 2025 11:52
- Comentário do autor sobre o poema: Esse poema é um eco da minha própria vida, onde cada perda virou força e cada silêncio, poesia. Vejo nele a passagem do tempo que moldou meus silêncios em palavras e minha dor em sabedoria.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 19
- Usuários favoritos deste poema: Sezar Kosta
Comentários2
Que entrega a vida, por meio de palavras vc se eleva.
Gratidão.
Simone, a gente corre tanto na mocidade, não é? Corre atrás do amor, da felicidade, de tudo o que a gente acha que vai perder. Mas a poesia tem o dom de nos fazer parar.
Seus versos são um espelho que reflete o maior dos segredos: a gente não se enche de palavras, se enche de histórias. E o amor não morre, ele só aprende a ficar em silêncio. E é nesse silêncio que ele fica maior, tão grande que se parece com a eternidade. Os ecos do passado não são gritos de saudade, mas a voz de um coração que, enfim, aprendeu a bater em paz.
Sim, e podemos concluir dizendo que o passado nos ensina.
Gratidão
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