Feita de pena, de riso e coragem,
voava no ar como uma mensagem.
Palma batia, sem deixar cair,
e a peteca seguia, só pra insistir.
O jogo era simples, mas pedia atenção,
um olho no céu e outro na mão.
Subia leve, descia ligeira,
e a gente girava, alma faceira.
Menino, menina, não tinha divisão,
era a vez de quem tinha precisão.
Tinha quem fingia ser campeão,
e quem só queria brincar no chão.
No quintal, na praia, na escola, na praça,
a peteca voava, e o tempo... passa.
Mas enquanto durava aquele momento,
a vida era pura, no mais leve vento.
Hoje, com tanta pressa que a gente carrega,
sinto falta da palma que a peteca entrega.
Do gesto preciso, do riso no ar —
e da infância que insiste em não terminar.
16 ago 2025 (10:16)
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Autor:
Melancolia... (
Offline)
- Publicado: 16 de agosto de 2025 09:16
- Comentário do autor sobre o poema: Essa eu brinquei pouco....
- Categoria: Ocasião especial
- Visualizações: 7
- Usuários favoritos deste poema: Bela flor, Melancolia...
Comentários2
Difícil era não deixar a peteca cair! Kkkkkk duas palmadas e já era! Kkkkkkkk
Muito boa viu! Adorei a poesia e poder relembrar dos tempos da infância S2
Grande abraço! S2
Sim querida...
Bem isso mesmo...Era ruim conseguir controlar ela...kkkkkkkkk
Estou relembrando de algumas coisas boas da vida....
Abraços querida...S23
Este poema é uma delicada dança entre memória e movimento. Com leveza e ritmo, ele transforma a brincadeira da peteca em metáfora da infância, da liberdade e do tempo que voa. Cada verso é uma batida suave de saudade, e o final — com sua ternura nostálgica — nos lembra que há gestos simples que carregam toda a beleza da vida. Uma obra encantadora, que toca com precisão o coração de quem já brincou com o vento.
Com esse teu comentário, abrilhantou mais ainda...
Gratidão pela leitura...
Abraços.
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