Feita de pena, de riso e coragem,
voava no ar como uma mensagem.
Palma batia, sem deixar cair,
e a peteca seguia, só pra insistir.
O jogo era simples, mas pedia atenção,
um olho no céu e outro na mão.
Subia leve, descia ligeira,
e a gente girava, alma faceira.
Menino, menina, não tinha divisão,
era a vez de quem tinha precisão.
Tinha quem fingia ser campeão,
e quem só queria brincar no chão.
No quintal, na praia, na escola, na praça,
a peteca voava, e o tempo... passa.
Mas enquanto durava aquele momento,
a vida era pura, no mais leve vento.
Hoje, com tanta pressa que a gente carrega,
sinto falta da palma que a peteca entrega.
Do gesto preciso, do riso no ar —
e da infância que insiste em não terminar.
16 ago 2025 (10:16)