Ah, a morte espreita!

Jonas Teixeira Nery

Uma tristeza estranha me invade amiúde.
Nessa longa caminhada o que fazemos?
Encontramo-nos com a morte na espreita.
Dançam nossos fantasmas, me consolo... 

Propondo-me armadilhas a morte chega.
Sorrateira, bafeja seu hálito, sorri, ilude.
Quisera caminhar meus passos livres,
últimos passos livres de angústias e vazios.

Sei, sei que o que sinto é um tédio imenso, 
diante das minhas reminiscências e abandono!
Essas vagas e errantes lembranças se apagam,
restando-me o consolo de cada dia, nesse olhar.

Breve é a vida, arremedos que nos enganam,
nesse caminhar entre suspiros e desejos inexatos,
deixamos a vida como deixamos os pesadelos, 
os desertos, os amores, tudo que nos consome...

Nada levamos, nem as sombras dos vales, nem amores!
Só silêncio, sono profundo, solitário e derradeiro, a morte.
Sigo meu destino! Viver cada dia é aproximar-se da morte.
Não me aflijo ou lamento! Apenas sonho com essa morte amiga...

  • Autor: JTNery (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de agosto de 2025 09:54
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 2


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