Uma tristeza estranha me invade amiúde.
Nessa longa caminhada o que fazemos?
Encontramo-nos com a morte na espreita.
Dançam nossos fantasmas, me consolo...
Propondo-me armadilhas a morte chega.
Sorrateira, bafeja seu hálito, sorri, ilude.
Quisera caminhar meus passos livres,
últimos passos livres de angústias e vazios.
Sei, sei que o que sinto é um tédio imenso,
diante das minhas reminiscências e abandono!
Essas vagas e errantes lembranças se apagam,
restando-me o consolo de cada dia, nesse olhar.
Breve é a vida, arremedos que nos enganam,
nesse caminhar entre suspiros e desejos inexatos,
deixamos a vida como deixamos os pesadelos,
os desertos, os amores, tudo que nos consome...
Nada levamos, nem as sombras dos vales, nem amores!
Só silêncio, sono profundo, solitário e derradeiro, a morte.
Sigo meu destino! Viver cada dia é aproximar-se da morte.
Não me aflijo ou lamento! Apenas sonho com essa morte amiga...