Quisera eu tê-lo, quisera eu vivê-lo.
Quisera eu saber doma-lo e mesmo assim aprecia-lo.
Quem me dera saber aproveitar, e que ao meu bel prazer poder adiante passa-lo.
Ou ainda viver, amar e não perdê-lo.
Quisera eu que com natureza soubesse apreciar.
Que o meu e os seus olhos, em breve irão se turvar.
Que os nossos cabelos também vão se esbranquiçar.
Que aqueles que amamos, ao olharmos, notaremos que eles já não vão estar.
O irônico é que eu acho linda sua passagem e maravilhoso aquilo que ele traz.
Como uma correnteza que leva a água do rio ao mar e reflete o lindo entardecer.
Nos faz sentir uma imensa saudade daquilo que não se fez ou não se faz.
E nesse xadrez contra o tempo, vejo você, vejo meus pais e tenho medo de ser o primeiro a perder.
- Autor: Hades (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 23 de agosto de 2020 15:44
- Comentário do autor sobre o poema: Tempo, relatividade, gravidade e velocidade. Mas no final tempo, rima com sentimento.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 75
Comentários4
Tão reflexivo.
E angustiante a ação do tempo
A imagem da ampulheta combinou perfeitamente com o título de sua linda expressão escrita.
Obrigado amigo
Boa tarde, poeta.
Reflexão gostosa esse seu poema.
O tempo, senhor de quase tudo.
Meu abraço.
Isso Edla
inclusive é nosso implacável vingador
Muito bom ler sua poesia!
Bonita e de conteúdo interessante.
O tempo é um enigma do tamanho do universo...
Abraço
Isso meu amigo, ele pode ser até mesmo a essência dele
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