Quisera eu tê-lo, quisera eu vivê-lo.
Quisera eu saber doma-lo e mesmo assim aprecia-lo.
Quem me dera saber aproveitar, e que ao meu bel prazer poder adiante passa-lo.
Ou ainda viver, amar e não perdê-lo.
Quisera eu que com natureza soubesse apreciar.
Que o meu e os seus olhos, em breve irão se turvar.
Que os nossos cabelos também vão se esbranquiçar.
Que aqueles que amamos, ao olharmos, notaremos que eles já não vão estar.
O irônico é que eu acho linda sua passagem e maravilhoso aquilo que ele traz.
Como uma correnteza que leva a água do rio ao mar e reflete o lindo entardecer.
Nos faz sentir uma imensa saudade daquilo que não se fez ou não se faz.
E nesse xadrez contra o tempo, vejo você, vejo meus pais e tenho medo de ser o primeiro a perder.