Na palma da mão, um mundo colorido,
cada gude um tesouro, segredo contido.
Lá no quintal ou no meio da rua,
a gente fazia guerra... mas de alma nua.
Cavava-se o chão, um buraco redondo,
e os olhos miravam com foco no ponto.
Dedo no chão, mira de campeão,
e a gude voava, feito coração.
"Vale três!", "Perdeu!", "Foi por um triz!"
e ninguém notava o quanto era feliz.
O sol refletia no vidro encantado,
e até a poeira dançava ao lado.
Tinha disputa, sim, mas tinha cuidado,
quem ganhava guardava, mas não era pesado.
Trocava-se riso, perdia-se à toa,
mas todo mundo voltava na boa.
Hoje, se piso num chão de saudade,
sinto o estalo da infância de verdade.
E o tempo escorrega, como bola no ar,
no jogo da vida, que não dá pra empurrar.
13 ago 2025 (12:35)
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Autor:
Melancolia... (
Offline)
- Publicado: 13 de agosto de 2025 11:35
- Comentário do autor sobre o poema: Mais uma brincadeira que eu não era bom...kkkkkkkkkkkk
- Categoria: Ocasião especial
- Visualizações: 5
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários1
Nunca joguei bola de gude com os garotos, mas via eles jogando todos felizes. Mas aquelas bolinhas me fascinavam por suas cores. Parabéns pela série. Boa tarde poeta.
Era bom viu...
Tinha umas lindas mesmo...Coloridas e com vários tamanhos....
Obrigado pela leitura e comentário.
Boa tarde.
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