Pai

BJARNE FURTADO

 

                                                             Bjarne Furtado

 

Palavras não podem te definir

És mago provedor e esmerado fundador

Ao construir a si, constrói também os seus

Oh, que alegria. Bendito seja Deus!

 

Pai, palavra terna e de pouca largura 

Tua imagem crua a ti me enclausura  

Qual fragrância indefinida que ao vento se insinua,

Assanha o juízo fraco que em vão te procura

Ah! Que cheiro afinal é este, Deus? Que loucura...

 

Talvez teu cheiro, pai, não se descubra,

Mas se herde e se assuma, sina que me cubra

De ter o mesmo fardo, e ser o mesmo norte,

O dom mais puro e a mais pesada sorte.

Será a imagem minha, afinal... a tua?

 

  • Autor: BJARNE FURTADO (Offline Offline)
  • Publicado: 11 de agosto de 2025 23:50
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 10
Comentários +

Comentários2

  • Otavio

    Gostei.

  • Edla Marinho

    Pai que cuida, que protege a quem criou
    Muito lindo teus versos!
    Meu abraço!



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.