Bjarne Furtado
Palavras não podem te definir
És mago provedor e esmerado fundador
Ao construir a si, constrói também os seus
Oh, que alegria. Bendito seja Deus!
Pai, palavra terna e de pouca largura
Tua imagem crua a ti me enclausura
Qual fragrância indefinida que ao vento se insinua,
Assanha o juízo fraco que em vão te procura
Ah! Que cheiro afinal é este, Deus? Que loucura...
Talvez teu cheiro, pai, não se descubra,
Mas se herde e se assuma, sina que me cubra
De ter o mesmo fardo, e ser o mesmo norte,
O dom mais puro e a mais pesada sorte.
Será a imagem minha, afinal... a tua?