Estou nesta prisão perpétua,
forçada a caminhar entre raposas
e parasitas.
É como viver a tortura
de um psicopata sanguinário.
Odeio sentir-me tão vulnerável
perante essa plateia de predadores,
como se estivesse num mar
cheio de tubarões famintos.
Afogo-me num oceano de lágrimas salgadas,
enquanto o desespero me suga para o fundo.
Não quero que vejam minha praia seca,
repleta de cadáveres.
O cheiro podre invade minhas narinas,
morte fresca.
Queria entender
por que minha praia secou tão rápido...
Às vezes, um corvo vem me visitar.
Sempre abro as janelas para ele.
Ele me encara com profundidade
e vejo o vazio em seus olhos
se expandindo, mais e mais.
Ignoro o vazio que sinto
e me aproximo dele.
Sempre sinto minha energia ser sugada,
mas ele é meu amigo... certo?
O vazio dele irá me preencher.
E, por um instante,
a prisão já não parece tão ruim.
Ainda sinto o medo correr pelo meu sangue,
mas também a esperança
brilhar em meus olhos,
junto à tensão reprimida no meu corpo.
Será que consigo escapar?
Posso me juntar aos parasitas
e continuar limpa?
Posso andar entre as raposas
sem ser enganada?
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Autor:
Rebecaa (
Offline)
- Publicado: 8 de agosto de 2025 09:13
- Comentário do autor sobre o poema: Bom, isso ficou mais pra um desabafo doq um poema. Mas fui bem sincera e escrevi enquanto eu estava em um momento complicado, então gostaria de compartilhar isso.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 10
- Usuários favoritos deste poema: JT.
Comentários2
Muitas vezes em momentos de tristeza e tempestade esse vazio tende assombrar, é só não se acostumar. Pintar a vida com algumas cores, saber que temos problemas mas não são maiores do que os problemas dos nossos amigos. Belo poema poetisa. Bom dia.
Bom dia, agradeço por sua motivação!
Nossa, isso e um labirinto sem saída, mas ficou bem original.
Parabéns, pela obra, que só nos traços da poetisa, veio a virar obra de arte.
Ficar bem, minha cara amiga.
JT.
Muito obrigada! Só escrevi oq senti no momento
Existe um método, onde você coloca tudo que lhe vem a cabeça , no papel.
Não e por inspiração, depois você peneira e uni o que venha a ser interessante.
Ai aparece como mágica a poesia.
Boa tarde amiga.
JT
Acho q eu faço exatamente isso!
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