Lembranças do Ferrorama

CORASSIS



 O tempo colapsou de diversas maneiras:
eu não tive "Ferrorama" na infância
mas percebi que estava entrando na fase das maiores responsabilidades
que não havia mais tempo para brincadeiras
a viagem da vida às vezes é pelos trilhos
outras vezes por estradas áridas e dramas
vou ser ilógico
num espaço de tempo
meteórico
vou trazer instantaneamente quase todas as
ruas asfaltadas de minha infância
prefiro salvar a história até quando o juízo permitir ou pelas
cartas do fantasma do passado

Meu pai colecionava tempo
em forma de moedas
tinha um pouco de mistério em seu rosto
talvez uma tristeza à paisana

Oh, vida que destaca a alegria
quero um abraço da flor mais bela
mais apertado que a morte
mais gostoso que a vida
Oh, gargalhadas santificadas
em palacetes protegidos
por canteiros com flores perfumadas. 

  • Autor: CORASSIS (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de agosto de 2025 23:11
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 44
  • Usuários favoritos deste poema: Poeta por acaso
Comentários +

Comentários3

  • Maria Ventania

    Ao evocar sua infância, o poeta fez essa maravilhosa prosa poética. Adorei a música de fundo e a forma de escrita sempre reflexiva, e o "abraço da flor mais bela" já é dele com certeza. Beijos ao mestre.

    • CORASSIS

      Sempre simpática e ao comentar.
      Gratidão minha linda.
      Beijo no seu coração.

    • Edla Marinho

      ". Oh, vida que destaca a alegria
      quero um abraço da flor mais bela
      mais apertado que a morte
      mais gostoso que a vida
      Oh, gargalhadas santificadas
      em palacetes protegidos
      por canteiros com flores perfumadas. "

      Todo o poema é de muita beleza, ímpar, mas esses últimos versos, meu amigo Corassis, que maravilha!
      Todo poema que evoca a infância me traz um.bem estar!
      Amei!
      Tenha uma linda noite, feliz sexta-feira, meu abraço!

      • CORASSIS

        Gratidão minha querida e nobre amiga.
        Estou muito feliz com seu comentário.
        Abraços.

      • Maria dorta

        Poema emblemático e revelando o poeta lírico e sempre arrebatado! Bravos!



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