A chuva caiu como quem sente,
Devagar, num suspiro quente.
No vidro, os pingos desenhavam
Teu nome — como se me chamavam.
Era tarde, e o céu escurecia,
Mas teu olhar era minha luz, meu dia.
Te chamei pra perto, sem dizer nada,
E tu vieste, como a água na calçada.
O som da chuva era nosso abrigo,
Cada gota, um verso que escrevo contigo.
E quando o trovão sussurrou no ar,
Meu coração quis te confessar:
Que amar sob a chuva tem outro sabor,
É beijo molhado, é frio com calor,
É pele que arrepia, mão que se encaixa,
É dança sem música, alma que se acha.
Então que chova, e que nunca se acabe,
Se for pra chover contigo, que desabe.
Pois há poesia em cada estação,
Mas só tu, amor, és minha canção.
5 ago 2025 (10:58)
-
Autor:
Melancolia... (
Offline)
- Publicado: 5 de agosto de 2025 09:58
- Comentário do autor sobre o poema: Só pra não passar em branco, já que o céu está escuro.
- Categoria: Triste
- Visualizações: 11
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Versos Discretos, Bela flor
Comentários2
Lindo, meu irmão em letras.. e nada como o batuque natural do cair daquela chuvinha para embalar amores e poesias...! Um bom dia.. scripta manent!
Verdade meu amigo...
Não existe coisa melhor ouvir só o barulho...
Satisfação e saudades do amigo...
Gratidão pelo comentário e scripta manent.
Eu adorei tudo isso S2 lindo, lindo, lindo! Sempre foi s2
Verdade bela flor....
Tão lindo quanto este teu comentário.
S2
Obrigada pelo carinho sempre S2
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.